Elucidem-me o que é uma réplica e uma homage

Gostaría que me explicassem qual é a diferença entre uma réplica e uma homage (homenagem) pois fico deveras confuso quando vejo marcas conceituadas a fazerem relógios muito parecidos e em alguns casos exactamente iguais.
Ponho abaixo dois exemplos:


Exemplo de três relógios vintage: Pax, Nappey e Lip


Exemplo de dois relógios actuais

Nunca percebi a diferença entre os dois conceitos e caso estes exemplos sejam considerados réplicas ou homenagens quer isso dizer que não poderei mencioná-los neste forum?
Desde já agradecido por uma elucidação.

Companheiro acho que aqui podes falar dos relogios que quiseres aqui é só tropas bacanos.

Vou aguardar por quem sabe.....

Bem, resumindo uma réplica é uma cópia de um determinado modelo em que a própria marca/logotipo é replicado, uma homage por vezes é quase uma réplica de um modelo mas onde a marca que aparece é da própria que fez a homage.

Mas as coisas às vezes não são assim tão lineares, se na questão da réplica não há dúvidas pois cópia é cópia, já na parte das homages temos umas que á exceção da marca são réplicas e outras que são parecidas em que se muda um ou outro pormenor.

Um exemplo de uma marca de homages é a Dan Henry, em que todos os seus modelos são inspirados em modelos que já existem mas com algumas alterações que lhes dá uma identidade própria.

No entanto dá uma olhada neste tópico antigo

https://dezdez.forumeiros.com/t905-fake-vs-replica-vs-homage-e-original-quem-e-quem?highlight=r%C3%A9plica+homage

Duca749 escreveu:Bem, resumindo uma réplica é uma cópia de um determinado modelo em que a própria marca/logotipo é replicado, uma homage por vezes é quase uma réplica de um modelo mas onde a marca que aparece é da própria que fez a homage.

De uma forma simples, também concordo que é isto.

Uma réplica é um nome menos feio para uma falsificação.

Uma homenagem é um relógio fortemente (por vezes totalmente) inspirado num modelo famoso de uma marca mais conceituada, mas que apresenta a marca do seu próprio fabricante. Exemplos de marcas que se dedicam praticamente só a homenagens são os fabricantes chineses do Aliexpress como a Pagani Design, Parnis, Saint Martin, etc.

No entanto, mesmo as marcas mais famosas e conceituadas não são imunes ao impulso das homenagens. O que não falta para aí são homenagens mais ou menos flagrantes ao Royal Oak ou ao Submariner vindas de marcas tradicionais.

Por acaso tenho uma opinião ligeiramente diferente. 

Para mim uma replica é uma cópia de um determinado modelo, em que só muda a marca. Os Pagani Design são um bom exemplo disso. Se a marca fôr igual então é uma falsificação.

Um homage é um relógio que claramente bebe inspiração de um outro determinado modelo, mas sem o copiar, mantendo o seu próprio design e elementos próprios. Bons exemplos são o Maurice Lacroix Aikon Automatic, Baume et Mercier Riviera, Girard Perregaux Laureato que claramente são homages do AP Royak Oak, mas que ainda assim é claro serem relógios diferentes com os seus próprios traços e designs.

Epa, como disse o @Duca749 este tema já foi discutido previamente, e mesmo ao fim de 5 paginas de posts, continuam duvidas!

Acho que estamos todos mais ou menos de acordo, no entanto há de facto algumas nuances nas definições e por consequente nas opiniões de cada um...

Por exemplo, será que uma reedição da Longines igual a um modelo antigo deles se pode chamar uma réplica por ser igual? Pode. Mas não se pode negar que nos dias de hoje, e neste nosso meio, o termo réplica está muito conotado com uma cópia FALSA de um relógio.

Por sua vez, uma homage não passa disso, uma homenagem a um relógio qualquer sem se poder considerar uma cópia falsa — mesmo sendo muito próximo do original, e independentemente das opiniões de ética de cada um.

E depois há questões legais de direitos e patentes muito complicadas e que têm aplicações distintas neste meio. Por ex, pelo que entendi, uma marca/logo pode ser protegida, mas o desenho do relógio em si não.

BELMONDO escreveu:Gostaría que me explicassem qual é a diferença entre uma réplica e uma homage (homenagem) pois fico deveras confuso quando vejo marcas conceituadas a fazerem relógios muito parecidos e em alguns casos exactamente iguais.
Ponho abaixo dois exemplos:


Exemplo de três relógios vintage: Pax, Nappey e Lip


Exemplo de dois relógios actuais

Nunca percebi a diferença entre os dois conceitos e caso estes exemplos sejam considerados réplicas ou homenagens quer isso dizer que não poderei mencioná-los neste forum?
Desde já agradecido por uma elucidação.

Em primeiro lugar, as regras são claras: desde que o assunto seja para informar/educar, pode-se discutir estes assuntos.  

Em segundo, acho que há umas coisas importantes a acrescentar e clarificar, porque acho que há ainda muito espaço para confusão, em especial com essa foto que colocas...


1:
No teu post, a primeira imagem é de 3 relógios aparentemente idênticos, mas com marcas diferentes. Poderíamos chamar isto de homage/replicas mas na realidade julgo que a coisa é um pouco diferente.
Temos que perceber que antigamente a grande parte da industria relojoeira funcionava em 'silos' onde havia especialistas para cada componente — uns que só fabricavam mecanismos, outros os mostradores, outros as caixas etc) — E as marcas que não tinham produção própria (a esmagadora maioria) ou qualquer tipo de exclusividade (grande parte),  encomendavam os componentes por catalogo a estes fabricantes para posterior montagem e colocação do logo. Ou seja, o cenário mais provável é essas 3 marcas terem encomendado esses mostradores etc aos mesmos fornecedores. Isto era prática comum e por isso é que se vê muitas marcas diferentes com relógios muito parecidos.
Um aparte, nota-se isso numa grande parte nos relógios de marcas portuguesas

Já agora, a fila de baixo seriam homages, pois têm marca própria e são parecidos com outros modelos, nomeadamente alguns Panerai.

2.
Há também a questão de licenciamento. Há marcas que compraram os direitos de utilizar o desenho para comercializar sob nome próprio. Um caso muito conhecido disso é a Breitling, que na altura da crise de quartzo estava à tona, vendeu os direitos do Navitimer à Sinn, permitindo ainda hoje existir um Navitimer (com outro nome, claro) de cada marca.



3.
E por fim, podemos estar a falar de especificações de produção definidas a pedido. Isto aconteceu na maior parte dos casos em relógios com fins militares etc, onde os diversos governos/forças armadas/instituições/ emitiam uma espécie de caderno de encargos com especificações necessárias sobre o que queriam e os fabricantes escolhidos teriam que produzir os relógios tal e qual essas especificações, e por consequência parecerem todos iguais.

Exemplo disso podem ser os famosos 'dirty dozen':

foto hodinkee

ou os Type 20/21:


foto quill & pad

Enfim, isto sao apena mais uns exemplos de coisas que são parecidas mas que não são nem homages, nem replicas, nem copias falsas.  

ZPM escreveu:Por acaso tenho uma opinião ligeiramente diferente. 

Para mim uma replica é uma cópia de um determinado modelo, em que só muda a marca. Os Pagani Design são um bom exemplo disso. Se a marca fôr igual então é uma falsificação.

Um homage é um relógio que claramente bebe inspiração de um outro determinado modelo, mas sem o copiar, mantendo o seu próprio design e elementos próprios. Bons exemplos são o Maurice Lacroix Aikon Automatic, Baume et Mercier Riviera, Girard Perregaux Laureato que claramente são homages do AP Royak Oak, mas que ainda assim é claro serem relógios diferentes com os seus próprios traços e designs.

Lá está, não concordo com a primeira frase, pois se formos ver a definição de replica, é uma cópia integral. Por isso a marca devia ser igual também (logo, seria uma falsificação), caso contrario já podemos chamar de homage.

ré·pli·ca
(derivação regressiva de replicar)
nome feminino
1. Acto ou efeito de replicar.
2. Aquilo que se replica.
3. Exemplar de uma obra de arte, repetido do original. = CÓPIA, IMITAÇÃO

"réplica", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/r%C3%A9plica [consultado em 18-11-2021].

E quanto ao teu segundo ponto, embora entenda o que queres dizer, também vou ter que discordar um pouco

Pois na realidade esses exemplos que referes como 'homage' ao Royal Oak, não se podem chamar propriamente de homage, mas sim mais relógios que se inserem numa tipologia especifica — neste caso, relógios desportivos (em aço) com bracelete integrada — que foi muito prevalente nessa época, e que voltou a ser nos últimos tempos.
Haviam mesmo muitos relógios de marcas diferentes que eram mais ou menos parecidos.

Agora se me perguntares se um Buler Astromaster, por exemplo, é uma homage ou não, diria que embora também esteja na mesma tipologia, é claramente uma homage.    


foto WUS


Este tema das tipologias é um que já queria criar um tópico há muito tempo! Talvez um dia...

Que grande post, @m84!

Aprendi imenso e nunca tinha prestado atenção a várias das nuances que referiste.

Aliás, quando vi a "dirty dozen", que nem conhecia, lembrei-me logo dos fliegers, que também são todos iguais (pelo menos os originais), exatamente por também derivarem de cadernos de encargos definidos previamente.

E os Type 20 fizeram-me logo lembrar do Longines Avigation Big Eye, que também é idêntico aos que mostraste.

Só não sei se concordo com o teu comentário final sobre o que são e não são homenagens. Para mim, uma homenagem não tem que ser uma cópia chapada com marca diferente. A verdade é que o Royal Oak conseguiu introduzir no mercado, com sucesso, a combinação de vários aspetos relativamente distintos, que, no seu conjunto, foram adaptados por outras marcas.

O conjunto de construção em aço + caixa poligonal + bracelete integrada + mais mostrador em tons de azul + movimento automático pode nem ter sido "inventado" pela AP, mas o seu posicionamento como produto de luxo foi. E se o Royal Oak não tivesse sido o sucesso que foi, provavelmente não teriam existido relógios como o Aikon ou o Baume & Mercier Riviera ou, até mesmo (crucifiquem-me!), o Nautilus. Portanto, custa-me um bocado admitir que o Royal Oak não serviu de inspiração aos restantes e que os restantes não possam ser vistos como homenagens ao original.


Edit: Esqueci-me até de mencionar algo muito importante - o criador do Royal Oak e do Nautilus é o mesmo! Portanto, duvido muito que o senhor Genta não tenha recorrido ao template do Royal Oak quando desenhou ou Nautilus 

Nunogoncalves escreveu:Que grande post, @m84!

Aprendi imenso e nunca tinha prestado atenção a várias das nuances que referiste.

Aliás, quando vi a "dirty dozen", que nem conhecia, lembrei-me logo dos fliegers, que também são todos iguais (pelo menos os originais), exatamente por também derivarem de cadernos de encargos definidos previamente.

E os Type 20 fizeram-me logo lembrar do Longines Avigation Big Eye, que também é idêntico aos que mostraste.

Obrigado @Nunogoncalves, apenas observações e mais opiniões!

Sim, os fliegers tipo B-Uhr (tanto A ou B), são a mesma coisa, mas há bastantes outros relógios assim.

Nunogoncalves escreveu:Só não sei se concordo com o teu comentário final sobre o que são e não são homenagens. Para mim, uma homenagem não tem que ser uma cópia chapada com marca diferente.

Acho que leste mal o que escrevi, pois o teu post anterior vai de acordo com o que disse; na minha opinião uma réplica, como o nome indica, é que deve ser uma cópia chapa, enquanto uma homage tanto pode ser mais próximo do original ou ter alguma inspiração mais ou menos vincada.

Nunogoncalves escreveu:A verdade é que o Royal Oak conseguiu introduzir no mercado, com sucesso, a combinação de vários aspetos relativamente distintos, que, no seu conjunto, foram adaptados por outras marcas.

O conjunto de construção em aço + caixa poligonal + bracelete integrada + mais mostrador em tons de azul + movimento automático pode nem ter sido "inventado" pela AP, mas o seu posicionamento como produto de luxo foi. E se o Royal Oak não tivesse sido o sucesso que foi, provavelmente não teriam existido relógios como o Aikon ou o Baume & Mercier Riviera ou, até mesmo (crucifiquem-me!), o Nautilus. Portanto, custa-me um bocado admitir que o Royal Oak não serviu de inspiração aos restantes e que os restantes não possam ser vistos como homenagens ao original.

Tens toda a razão no que referes aqui. E, mais uma vez, vais de encontro ao que referi — esses elementos todos formam uma tipologia em que o RO, Nautilus e um ou outro, foram o exponente máximo da época! E claro que outras marcas seguiram-lhes os passos dentro do estilo para poderem competir e estarem na moda.

Disse apenas que  não se pode considerar que são todas homage do RO.

Mas não tenhas dúvidas de que o Nautilus não existiria se o RO não tivesse sido criado! O RO saiu em 72, depois o Laureato (a quartz!) em 75 e o Nautilus só em 76. Aliás, se não estou em erro, o Nautilus foi mesmo uma resposta direta ao RO (lembro-me vagamente de ouvir uma entrevista com o Jean Claude Biver que falou por alto disto).

Um aparte, curiosamente o RO, quando foi lançado, foi considerado um flop comercial. 


Mais recentemente temos isto, que tal? :

Nunogoncalves escreveu:Edit: Esqueci-me até de mencionar algo muito importante - o criador do Royal Oak e do Nautilus é o mesmo! Portanto, duvido muito que o senhor Genta não tenha recorrido ao template do Royal Oak quando desenhou ou Nautilus 

É verdade, o Gerald Genta foi um tipo muito prolífico no seu tempo e que fez muitos desenhos para relógios e sucedâneos, e merece um tópico próprio! Uns fantásticos e celebres (RO, Nautilus, Ingenieur etc...) e outras coisas francamente horríveis  

Mas se repares nesse trio, e noutros dele, também seguem todos a mesma fórmula e inclusivé alguns detalhes são quase iguais entre si...

m84 escreveu:

Nunogoncalves escreveu:Que grande post, @m84!

Aprendi imenso e nunca tinha prestado atenção a várias das nuances que referiste.

Aliás, quando vi a "dirty dozen", que nem conhecia, lembrei-me logo dos fliegers, que também são todos iguais (pelo menos os originais), exatamente por também derivarem de cadernos de encargos definidos previamente.

E os Type 20 fizeram-me logo lembrar do Longines Avigation Big Eye, que também é idêntico aos que mostraste.

Obrigado @Nunogoncalves, apenas observações e mais opiniões!

Sim, os fliegers tipo B-Uhr (tanto A ou B), são a mesma coisa, mas há bastantes outros relógios assim.

Nunogoncalves escreveu:Só não sei se concordo com o teu comentário final sobre o que são e não são homenagens. Para mim, uma homenagem não tem que ser uma cópia chapada com marca diferente.

Acho que leste mal o que escrevi, pois o teu post anterior vai de acordo com o que disse; na minha opinião uma réplica, como o nome indica, é que deve ser uma cópia chapa, enquanto uma homage tanto pode ser mais próximo do original ou ter alguma inspiração mais ou menos vincada.

Nunogoncalves escreveu:A verdade é que o Royal Oak conseguiu introduzir no mercado, com sucesso, a combinação de vários aspetos relativamente distintos, que, no seu conjunto, foram adaptados por outras marcas.

O conjunto de construção em aço + caixa poligonal + bracelete integrada + mais mostrador em tons de azul + movimento automático pode nem ter sido "inventado" pela AP, mas o seu posicionamento como produto de luxo foi. E se o Royal Oak não tivesse sido o sucesso que foi, provavelmente não teriam existido relógios como o Aikon ou o Baume & Mercier Riviera ou, até mesmo (crucifiquem-me!), o Nautilus. Portanto, custa-me um bocado admitir que o Royal Oak não serviu de inspiração aos restantes e que os restantes não possam ser vistos como homenagens ao original.

Tens toda a razão no que referes aqui. E, mais uma vez, vais de encontro ao que referi — esses elementos todos formam uma tipologia em que o RO, Nautilus e um ou outro, foram o exponente máximo da época! E claro que outras marcas seguiram-lhes os passos dentro do estilo para poderem competir e estarem na moda.

Disse apenas que  não se pode considerar que são todas homage do RO.

Mas não tenhas dúvidas de que o Nautilus não existiria se o RO não tivesse sido criado! O RO saiu em 72, depois o Laureato (a quartz!) em 75 e o Nautilus só em 76. Aliás, se não estou em erro, o Nautilus foi mesmo uma resposta direta ao RO (lembro-me vagamente de ouvir uma entrevista com o Jean Claude Biver que falou por alto disto).

Um aparte, curiosamente o RO, quando foi lançado, foi considerado um flop comercial. 


Mais recentemente temos isto, que tal? :

Nunogoncalves escreveu:Edit: Esqueci-me até de mencionar algo muito importante - o criador do Royal Oak e do Nautilus é o mesmo! Portanto, duvido muito que o senhor Genta não tenha recorrido ao template do Royal Oak quando desenhou ou Nautilus 

É verdade, o Gerald Genta foi um tipo muito prolífico no seu tempo e que fez muitos desenhos para relógios e sucedâneos, e merece um tópico próprio! Uns fantásticos e celebres (RO, Nautilus, Ingenieur etc...) e outras coisas francamente horríveis  

Mas se repares nesse trio, e noutros dele, também seguem todos a mesma fórmula e inclusivé alguns detalhes são quase iguais entre si...

Bem, vi o PRX e fiquei "triggered" 

A Tissot pelo que entendi foi repescar o design do seastar dos anos 70, com movimento em quartzo. Aliás, no primeiro ano de lançamento do PRX foi exclusivamente com este mecanismo por esse motivo. O seastar por sua vez partilha muito do design no rolex oysterquartz/AP/nautilus (no sentido de ser um relógio em aço desportivo com bracelete integrada). Seria uma "homage" na altura ou uma moda?

Em boa hora a Tissot "viu" este modelo e o sucesso de vendas só o prova. Se todos os anos lançarem novas variantes (começaram com o powermatic, depois cores diferentes), têm um modelo que vai vender por muito tempo.

Sobre o tópico, agradeço o que aprendi ao ler os posts. Na minha cabeça a questão era extremamente simples, mas o "diabo está nos detalhes" efetivamente. Qualquer coisa que tentava "passar por" era uma réplica. Se claramente "inspirado em", era uma homage. Falsificação era obviamente quando se copia até a marca, onde a intenção não é "passar por" mas enganar.

Tenho como exemplos os seguintes: Rolex submariner vs Pagani/tevise/outros - réplicas; Rolex Datejust vs Seiko SNXS79/Orient President - homage. Curiosamente a minha esposa comprou um parfois de 30€ que a 5m parece (acreditem) um Rolex day-date, o que chamei de homage porque não inclui detalhes como a luneta nem a... data   mas lá a cor e o bisel serrado...

c0mpu73r escreveu:

Bem, vi o PRX e fiquei "triggered" 

A Tissot pelo que entendi foi repescar o design do seastar dos anos 70, com movimento em quartzo. Aliás, no primeiro ano de lançamento do PRX foi exclusivamente com este mecanismo por esse motivo. O seastar por sua vez partilha muito do design no rolex oysterquartz/AP/nautilus (no sentido de ser um relógio em aço desportivo com bracelete integrada). Seria uma "homage" na altura ou uma moda?

Em boa hora a Tissot "viu" este modelo e o sucesso de vendas só o prova. Se todos os anos lançarem novas variantes (começaram com o powermatic, depois cores diferentes), têm um modelo que vai vender por muito tempo.

Sobre o tópico, agradeço o que aprendi ao ler os posts. Na minha cabeça a questão era extremamente simples, mas o "diabo está nos detalhes" efetivamente. Qualquer coisa que tentava "passar por" era uma réplica. Se claramente "inspirado em", era uma homage. Falsificação era obviamente quando se copia até a marca, onde a intenção não é "passar por" mas enganar.

Tenho como exemplos os seguintes: Rolex submariner vs Pagani/tevise/outros - réplicas; Rolex Datejust vs Seiko SNXS79/Orient President - homage. Curiosamente a minha esposa comprou um parfois de 30€ que a 5m parece (acreditem) um Rolex day-date, o que chamei de homage porque não inclui detalhes como a luneta nem a... data   mas lá a cor e o bisel serrado...

Sim, os novos PRX são uma reedição dum modelo deles dos anos 70/80, que se inseria na tipologia tão em voga na altura .


foto: https://www.ebth.com/items/10088385-vintage-tissot-seastar-stainless-steel-quartz-wristwatch

O que originou a escalada de procura e consequentemente do preço desses da década de 70.