Relógio Regulateur

Bom dia 

Hoje trago aqui outro de família este da parte da minha esposa ... 

Trata-se de um relógio em prata sólida da marca Regulateur com um movimento Roskopf

Pelo que aporei o mesmo é de 1890 !! a  marca é francesa e comprava os movimentos a fornecedores externos ..

Visto este relógio ainda estar na posse dos meus sogros e a minha esposa ter um irmão gostava de ter a vossa opinião sobre o valor do mesmo para poder dar a parte que cabe ao meu coanhado ? e se o nosso especialista nesta @floijdt poder ajudar agradeço ...

Belo exemplar!
Curioso o nome regulateur num relógio desses com a disposição convencional dos ponteiros das horas e minutos, sempre pensei que os relógios regulateur eram aqueles que tinham os três ponteiros separados, o das horas em cima no meio os minutos e em baixo os segundos, sabes se têm alguma coisa a ver entre eles?
O movimento também é curioso, ele funciona bem? É que cá no norte dizer que uma coisa é Roskopf é sinónimo de algo com pouca qualidade.

Belo exemplar!
Curioso o nome regulateur num relógio desses com a disposição convencional dos ponteiros das horas e minutos, sempre pensei que os relógios regulateur eram aqueles que tinham os três ponteiros separados, o das horas em cima no meio os minutos e em baixo os segundos, sabes se têm alguma coisa a ver entre eles?
O movimento também é curioso, ele funciona bem? É que cá no norte dizer que uma coisa é Roskopf é sinónimo de algo com pouca qualidade.

Boas @Duca749 eu não sei muito sobre ele !! pelo que vi este nome é de uma casa francesa que montava relógios com maquinas de diversos fornecedores !!

Quanto ao movimente trabalha bem !! mas quando está a trabalhar o Tik Tak dele é muito alto e houve-se há distancia !!!

Quanto aos movimentos Roskopf foram feitos com 57 pecas ao contrario dos outros que tinham 160 pecas ! e eram muito baratos na altura mas muito fiáveis pelo que sei .. 

e só em Portugal é que ganharam essa má fama pelo que li !!! 

a ver se aparece por aqui um colega que saiba mais sobre esta marca e movimento ,,,

É muito bonito @Nuno Graça, parabéns! No teu lugar eu também faria por ficar com ele!

Não quero arriscar valores, o meu conhecimento de valores deriva só de uma circunstância: de passar a vida, perdendo muitas e muitas horas, a ver relógios em tudo o que é site de vendas e a ter alguma atenção aos preços. Mas não tenho o conhecimento técnico para identificar um modelo raro ou especial de uma dada marca, com exceção de algumas situações que se vão aprendendo, naturalmente, como um calibre 135 da Zenith, etc.

Com base no que tenho visto, a Roskopf é normalmente barata, por ser muito comum, a marca Regulateur também conheço, sendo o relógio em prata, também não é por aí que ele vale muito, acho que o que tem de mais especial é o óptimo estado em que parece estar ... eu atiraria para algo situado perto dos 200 a 250, 300 euros? Mas, claro, posso estar a errar!

E sendo a corrente em prata também, parece grossa, só ela pode bem valer 100 a 150 euros, depende do peso e tamanho (quer dizer, valer não vale, pois infelizmente, a prata usada tem muto pouco valor. Mas tenho visto sempre correntes dessas, em prata, leontinas em espanhol   , sempre acima dos 100 euros). 

Se o amigo @floijdt puder vir dizer algo seria bem melhor. 

Pois @JPP eu de relógios de bolso também não percebo nada !!! 

Sim o relógio está em bom estado geral ... 

E tem uma particularidade no vidro que eu nunca tinha visto ! pois é concavo no meio !!! como se pode ver nesta foto ,,, e junto mais uma da tampa do meio .. onde menciona Systeme Roskopf ,,,, 

É curioso de facto esse vidro. Já a menção "System Roskopf" é comum!

Vamos a ver se cá vem quem percebe realmente, para dizer alguma coisa! 

O Sr. Georges Frederic Roskopf, alemão, nasceu em 15 de Maio de 1813 mas emigrou para a Suiça e lá morreu em 14 de Abril de 1889.

Ele decidiu tornar o relógio acessível a todas as bolsas. Para atingir esse propósito utilizou materiais menos nobres, tanto para a construção das caixas como dos movimentos. Reduziu na quantidade das peças e eliminou por completo os rubis, que ajudam a amortecer os impactos do escape e evitam o desgaste dos veios e axes. Por isso o nome roskopf que se dá a relógios de baixa qualidade. 

É típico nos roskopf o excessivo barulho que a âncora produz ao bater na roda de escape, só tenho um na colecção e quando estão todos a trabalhar ele consegue abafar o som de todos os outros.

Apesar de haver alguns exemplares no mercado, um roskopf bem conservado, limpo, sem riscos ou marcas quer na caixa, quer no mostrador ou no vidro pode com facilidade atingir os 300,00€, porque há procura por este tipo de relógios.

No caso do relógio do  @Nuno Graça o facto de somente o mecanismo ser roskopf, e a caixa ser de outro fabricante, ainda por cima anónimo (não há nenhuma marca que se chame "Regulateur"), o preço baixa consideravelmente além de, para o valorizar, deveria dar-lhe um polimento na caixa, uma limpeza e lubrificação no mecanismo e substituir-lhe o vidro. Mesmo depois da intervenção dificilmente no mercado conseguiria obter mais 180,00 a 200,00€ e, neste caso, teria que ser num dia bom.

Já agora um àparte. É interessante a inscrição "Chronometer" que se encontra na tampa do guarda pó, uma vez que essa é uma designação que se dá aos relógios extremamente precisos o que, convenhamos, não é o caso dos roskopfs. 

Boa tarde @floijdt e desde já muito obrigado pelo esclarecimento sobre este relógio.. 

E já agora e não querendo abusar da sua boa vontade pode indicar-me o valor +- do Waltham de Ouro do meu bisavô ? 

Obrigado ...

floijdt escreveu:... substituir-lhe o vidro ...

E a depressão no vidro não é nada de relevante que valha a pena preservar? Pergunto isso com a total inocência de um novato.

É alguma estratégia para reduzir o desgaste no vidro (sendo o centro a zona mais alta do vidro e consequentemente aquela que mais depressa está sujeita à abrasão)?

O caso do Waltham, é um relógio muito bem conservado, caixa, vidro e mostrador sem riscos ou cabelos (no caso do mostrador), mecanismo limpo, ouro de 18kt com verso da caixa minucisamente trabalhado.

Aqui na Europa talvez o conseguisse vender por 1000,00 a 1100,00€. Se fosse nos Estados Unidos esse valor subiria para próximo dos 1600,00, ou talvez mais, porque eles são "chauvinistas", dão muito valor ao que é deles.

Não. É puramente estético. É facil encontrar no mercado estes vidos a preços muito baixos.

floijdt escreveu:O caso do Waltham, é um relógio muito bem conservado, caixa, vidro e mostrador sem riscos ou cabelos (no caso do mostrador), mecanismo limpo, ouro de 18kt com verso da caixa minucisamente trabalhado.

Aqui na Europa talvez o conseguisse vender por 1000,00 a 1100,00€. Se fosse nos Estados Unidos esse valor subiria para próximo dos 1600,00, ou talvez mais, porque eles são "chauvinistas", dão muito valor ao que é deles.

Obrigado @floijdt  pela informação ... 

Eu não o quero vender ,,é só mesmo para ficar nos meus registos o valor dele ....

e mais uma vez muito obrigado ...

floijdt escreveu:"... polimento na caixa..."

Caro @floijdt, depreendo portanto que é apologista de polir relógios antigos, mas, dessa forma o relógio não perde valor? 

Pergunto isto porque é um assunto que sei haver bastante discórdia sobre se isso retira ou não o valor ao relógio.

Como os relógios antigos eram fabricados com metais nobres: ouro, prata, níquel, bronze, etc., o polimento tem mais a ver com a limpeza para restaurar o brilho original dos metais, e quanto mais limpos estiverem mais valiosos ficam.
Nas armas antigas, sim, não se devem polir porque deixam de ficar originais e perdem grande parte do valor, mas estamos a falar de ferro.

A massa de polir fina utilizada para polir a pintura dos automóveis, faz milagres nas caixas doe relógios.

Costumo utilizar um produto próprio para llimpar metais nobres chamado "Duraglit" algodão activo. É muito funcional e os metais além de limpos ficam com o brilho original.

Ah, OK já entendi a sua definição de "polir" é mais limpeza para restaurar a cor natural do metal, eu entendi que seria através de discos e pastas abrasivas, usadas para por exemplo polir o inox, que sendo essa uma operação que remove material daí a minha questão.

floijdt escreveu:Costumo utilizar um produto próprio para llimpar metais nobres chamado "Duraglit" algodão activo. É muito funcional e os metais além de limpos ficam com o brilho original.

Usei e abusei dele...na tropa.
Vou experimentar.

Sansoni7 escreveu:

floijdt escreveu:Costumo utilizar um produto próprio para llimpar metais nobres chamado "Duraglit" algodão activo. É muito funcional e os metais além de limpos ficam com o brilho original.

Usei e abusei dele...na tropa.
Vou experimentar.

Também eu, era o Duraglit e o Colonil para as botas! 

JPP escreveu:

Sansoni7 escreveu:

floijdt escreveu:Costumo utilizar um produto próprio para llimpar metais nobres chamado "Duraglit" algodão activo. É muito funcional e os metais além de limpos ficam com o brilho original.

Usei e abusei dele...na tropa.
Vou experimentar.

Também eu, era o Duraglit e o Colonil para as botas! 

Nas botas foi sempre graxa.
Uma lata de meio kg comprada na casa crocodilo na Rua do Loureiro, no Porto.

Sansoni7 escreveu:

JPP escreveu:

Sansoni7 escreveu:

floijdt escreveu:Costumo utilizar um produto próprio para llimpar metais nobres chamado "Duraglit" algodão activo. É muito funcional e os metais além de limpos ficam com o brilho original.

Usei e abusei dele...na tropa.
Vou experimentar.

Também eu, era o Duraglit e o Colonil para as botas! 

Nas botas foi sempre graxa.
Uma lata de meio kg comprada na casa crocodilo na Rua do Loureiro, no Porto.

A graxa só dava muito trabalho para conseguires pôr as botas a brilhar como era exigível. Depois de engraxar, em vez de estar a dar ao braço para puxar o brilho durante meia hora, punha-se Colonil e ficavam a brilhar instantaneamente! 

É verdade, também usei disso na tropa, nas botas usava a graxa, e era uma dor de cabeça puxar o lustro e não sujar os atacadores que eram brancos, e lembro-me que na inspeção alguns lixavam-se por terem os atacadores sujos.

Colonil ou autobrilhante não era permitido na Cavalaria...mas havia malta que, envernizava os amarelos da farda.

_____________
Desculpem o offtopic.
Já agora, vou ver se encontro o Timex que me acompanhou nestes lides militares em Sta Margarida.

Sansoni7 escreveu:Colonil ou autobrilhante não era permitido na Cavalaria...mas havia malta que, envernizava os amarelos da farda.

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Desculpem o offtopic.
Já agora, vou ver se encontro o Timex que me acompanhou nestes lides militares em Sta Margarida.

Ehehe, estamos completamente em off 

Já agora: também ando a ver se localizo um protetor de relógios militar que usávamos em Mafra, que era uma banda camuflada que protegia todo o relógio, quando encontrar meto aqui, ou seja, abro um tópico, não podemos dar cabo deste! 

Bom dia a todos ...

E só para dar aqui uma dica eu sempre usei a Duraglit em todos os relógios de Ouro ou de Plaque e também nos de prata e ficam como novos ,, mas temos que ter cuidado para não ficarem dedadas !! tem que ser muito bem limpo com uma flanela porque se fição marcados nunca mais sai !!!...

Quanto ao tratamento das peles / braceletes a Colonil é boa mas a  melhor graxa é a Saphir para corrigir algumas mazelas e restaurar a cor ,,,  mas para estarem sempre moles e não partirem devemos por um produto natural de hidratação ,, antigamente havia uma marca que é a Grison com um artigo que era o Dubbin de óleo de foca que era o melhor para hidratar as peles até mesmo nos estofos dos carros ou soufás em casa ,,, mas foi proibida por ser um produto de origem animal    !! agora para substituir temos da TRG um Shoe Cream que faz o mesmo efeito ,,,,, no Porto não sei onde se compra mas em Lisboa é na Casa Forra na Baixa que fica mesmo perto da relojoaria do José Carlos Saldanha ,,,