LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
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Duca749
floijdt
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LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Sex 12 Mar 2021, 16:22
A proposta de hoje é um 24 horas da manufatura LeCoultre, em prata, fabricado no ano de 1890.
Relógio em excelente estado de conservação, quer a caixa, quer o mostrador, quer o mecanismo.
Escape de âncora e espiral tipo Breguet.
Caixa facetada em 16 lados.
Diâmetro (sem coroa nem argola) - 49mm
DIâmetro (incluido a corroa e argola) - 70mm
Espessura - 12mm
É preciso alguma habituação para ler as horas nestes relógios de 24 horas uma vez que o ponteiro das horas só dá uma volta ao relógio por dia, em vez dos relógios normais que dá duas.
Aqui ficam algumas imagens desta interessante peça de relojoaria.
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HISTÓRIA DA LECOULTRE
Os mais antigos registos que atestam a presença da família LeCoultre na Suíça datam do século XVI. Abalado pelas perseguições religiosas que atingem os huguenotes, Pierre LeCoultre (cerca de 1530 – cerca de 1600) deixa Lizy-sur-Ourcq rumo a Genebra. Em 1558, obtém o título da "burguesia" de Genebra, mas, após um ano, deixa a cidade para adquirir um terreno no Vallée de Joux. Pouco a pouco, uma pequena comunidade forma-se e o filho de Pierre LeCoultre constrói uma igreja na região em 1612. Esse evento marca a fundação da localidade batizada de Le Sentier, onde hoje se encontra a Manufatura da empresa.
Em 1866, numa época em que os diversos ofícios se encontravam dispersos em centenas de pequenos ateliês, Antoine e o seu filho Elie LeCoultre (1842-1917) fundam a primeira manufatura do Vallée de Joux, a LeCoultre & Cie., que reúne todos os artesãos sob um único e mesmo teto. Assim, em 1870, a Manufatura desenvolve os primeiros procedimentos de fabrico parcialmente mecanizados para movimentos com complicações
No mesmo ano, a Manufatura já empregava 500 pessoas. Em 1900, a Grande Maison do Vallée de Joux, como era conhecida na época, já havia criado mais de 350 calibres diferentes, dos quais 128 eram equipados com a função de cronógrafo e 99 com um mecanismo de repetição. De 1902 até os anos 1930, a LeCoultre & Cie. produziu a maioria dos esboços de relógios para da marca genebrina Patek Philippe.
Jacques-David LeCoultre, neto de Antoine e responsável pela produção da LeCoultre & Cie., aceita o desafio e cria uma série de relógios de bolso ultrafinos. Em 1907, a LeCoultre & Cie. apresenta o relógio mais fino do mundo, equipado com um calibre LeCoultre Calibre 145. No mesmo ano, o joalheiro Cartier, que figura entre os clientes de Jaeger, assina com este um contrato que estipula que todos os movimentos criados por Jaeger durante um período de 15 anos serão reservados com exclusividade para Cartier. Jaeger confia o fabrico desses movimentos a LeCoultre.
Como consequência dessa colaboração, a marca é oficialmente rebatizada como Jaeger-LeCoultre em 1937. Contudo, na América do Norte, os modelos da marca continuarão a ser vendidos com nome LeCoultre até 1985. Segundo os arquivos, o último movimento utilizado por um relógio LeCoultre americano foi enviado pela Manufatura de Le Sentier em 1976.
Certos colecionadores e revendedores mal informados divulgaram que a marca americana LeCoultre não tinha nenhuma ligação com a marca suíça Jaeger-LeCoultre. Essa confusão nasceu nos anos 1950. Na época, a distribuição dos relógios LeCoultre na América do Norte era realizada pelo grupo Longines-Wittnauer, encarregado também de distribuir os relógios da Vacheron Constantin. Os colecionadores confundiram o nome da distribuidora com o nome do fabricante. Segundo Zaf Basha, grande especialista na história da Jaeger-LeCoultre, o Galaxy, um misterioso relógio de luxo dotado de um mostrador cravejado de diamantes, foi fruto de uma colaboração entre a Vacheron Constantin e a LeCoultre para o mercado americano. Pode-se ler "LeCoultre" no mostrador e "Vacheron Constantin – LeCoultre" na caixa. O nome LeCoultre desapareceu definitivamente em 1985 para dar lugar ao nome Jaeger-LeCoultre.
Em meados dos anos de1890, a LeCoultre & Cie. desenvolve relógios com grandes complicações, que compreendem pelo menos três complicações clássicas, tais como o calendário perpétuo, o cronógrafo e a repetição de minutos.
Em 2004, a Manufatura cria o Gyrotourbillon I, o seu primeiro relógio de pulso com grande complicação, munido de um turbilhão que gravita em torno de dois eixos e de um calendário perpétuo com dupla exibição retrógrada e equação do tempo "marchante". Em 2006, a Jaeger-LeCoultre apresenta o Reverso grande complication à "triptíco", primeiro relógio na história no qual três mostradores são animados por um único movimento. Em 2009, a marca lança o relógio de pulso mais complicado do mundo, o Hybris Mechanica à Grande Sonnerie, munido de 26 complicações.
O Duoplan foi também um dos primeiros relógios de aço cravejados de pedras preciosas. Em 1929, o seu vidro foi substituído por um vidro de safira, uma grande inovação na relojoaria. O Duoplan era segurado pela Lloyds of London e contava com um serviço especial de pós-venda. Era possível substituir um movimento avariado em poucos minutos. Podia-se até mesmo ler a seguinte frase na vitrine da loja Tyme, em Londres: "O seu relógio será reparado antes que você termine de fumar um cigarro".
Atmos
O relógio de pêndulo Atmos possui um movimento quase perpétuo que não requer nenhuma intervenção humana e praticamente nenhuma energia. Inventado pelo engenheiro suíço Jean-Léon Reutter em 1928 em Neuchâtel, o Atmos foi adoptado em 1950 pelo governo suíço como presente oficial a visitantes ilustres. A versão original, patenteada em 1928 e conhecida atualmente pelo nome de Atmos 1, foi comercializada pela Compagnie Générale de Radiologie (CGR) em 1930.
As suas patentes foram compradas pela Jaeger-LeCoultre em França em 1936 e na Suíça em 1937. Em seguida, a Jaeger-LeCoultre passará dez anos a aperfeiçoar o relógio de pêndulo antes de produzi-lo, a partir de 1946, na sua forma atual.
Em 1988, a agência de design Kohler & Rekow cria um gabinete em edição limitada a dois exemplares para o relógio de pêndulo. Em 2003, a Manufatura desenvolve o Atmos Mystérieuse, animado pelo Calibre 583 Jaeger-LeCoultre, que é composto por 1460 componentes.
(escrevemos um artigo sobre este relógio noutro tópico do fórum)
Em 1956, um Memovox equipado com um Calibre 815 Jaeger-LeCoultre torna-se o primeiro relógio de corda automática com alarme na história da relojoaria. Pouco tempo mais tarde, a marca celebra seu 125º aniversário com a apresentação do Memovox Worldtime. Em 1959, a Jaeger-LeCoultre lança o Memovox Deep Sea, que possui um alarme especial para indicar aos mergulhadores o momento de retornar à superfície. Em 1965, a Manufatura patenteia uma versão do Memovox Polaris com fundo triplo, que amplifica o sinal sonoro debaixo da água.
Esse modelo inspirará, em seguida, as coleções Master Compressor e AMVOX. Será reeditado em 2008 com o nome de Memovox Tribute to Polaris.
Relógio em excelente estado de conservação, quer a caixa, quer o mostrador, quer o mecanismo.
Escape de âncora e espiral tipo Breguet.
Caixa facetada em 16 lados.
Diâmetro (sem coroa nem argola) - 49mm
DIâmetro (incluido a corroa e argola) - 70mm
Espessura - 12mm
É preciso alguma habituação para ler as horas nestes relógios de 24 horas uma vez que o ponteiro das horas só dá uma volta ao relógio por dia, em vez dos relógios normais que dá duas.
Aqui ficam algumas imagens desta interessante peça de relojoaria.
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HISTÓRIA DA LECOULTRE
A FAMÍLIA LECOULTRE
Os mais antigos registos que atestam a presença da família LeCoultre na Suíça datam do século XVI. Abalado pelas perseguições religiosas que atingem os huguenotes, Pierre LeCoultre (cerca de 1530 – cerca de 1600) deixa Lizy-sur-Ourcq rumo a Genebra. Em 1558, obtém o título da "burguesia" de Genebra, mas, após um ano, deixa a cidade para adquirir um terreno no Vallée de Joux. Pouco a pouco, uma pequena comunidade forma-se e o filho de Pierre LeCoultre constrói uma igreja na região em 1612. Esse evento marca a fundação da localidade batizada de Le Sentier, onde hoje se encontra a Manufatura da empresa.
A Manufatura
Em 1833, pouco tempo após ter inventado uma máquina para cortar pinhões de aço, Antoine LeCoultre (1803-1881) funda um pequeno ateliê de relojoaria em Le Sentier, no qual aprimora as suas habilidades ao criar relógios de qualidade superior. Em 1844, inventa o instrumento de medição mais preciso do mundo, chamado "millionomètre", inventa um sistema que dispensa o uso de chaves para dar corda e ajustar um relógio. Quatro anos mais tarde, durante a primeira exposição universal em Londres, recebe uma medalha de ouro pelo seu trabalho sobre a precisão e a mecanização na relojoaria.Em 1866, numa época em que os diversos ofícios se encontravam dispersos em centenas de pequenos ateliês, Antoine e o seu filho Elie LeCoultre (1842-1917) fundam a primeira manufatura do Vallée de Joux, a LeCoultre & Cie., que reúne todos os artesãos sob um único e mesmo teto. Assim, em 1870, a Manufatura desenvolve os primeiros procedimentos de fabrico parcialmente mecanizados para movimentos com complicações
No mesmo ano, a Manufatura já empregava 500 pessoas. Em 1900, a Grande Maison do Vallée de Joux, como era conhecida na época, já havia criado mais de 350 calibres diferentes, dos quais 128 eram equipados com a função de cronógrafo e 99 com um mecanismo de repetição. De 1902 até os anos 1930, a LeCoultre & Cie. produziu a maioria dos esboços de relógios para da marca genebrina Patek Philippe.
Jaeger-LeCoultre
Em 1903, Edmond Jaeger, relojoeiro parisiense e fornecedor oficial da marinha francesa, desafiou as relojoarias suíças a desenvolver e produzir os movimentos ultrafinos que ele havia inventado.Jacques-David LeCoultre, neto de Antoine e responsável pela produção da LeCoultre & Cie., aceita o desafio e cria uma série de relógios de bolso ultrafinos. Em 1907, a LeCoultre & Cie. apresenta o relógio mais fino do mundo, equipado com um calibre LeCoultre Calibre 145. No mesmo ano, o joalheiro Cartier, que figura entre os clientes de Jaeger, assina com este um contrato que estipula que todos os movimentos criados por Jaeger durante um período de 15 anos serão reservados com exclusividade para Cartier. Jaeger confia o fabrico desses movimentos a LeCoultre.
Como consequência dessa colaboração, a marca é oficialmente rebatizada como Jaeger-LeCoultre em 1937. Contudo, na América do Norte, os modelos da marca continuarão a ser vendidos com nome LeCoultre até 1985. Segundo os arquivos, o último movimento utilizado por um relógio LeCoultre americano foi enviado pela Manufatura de Le Sentier em 1976.
Certos colecionadores e revendedores mal informados divulgaram que a marca americana LeCoultre não tinha nenhuma ligação com a marca suíça Jaeger-LeCoultre. Essa confusão nasceu nos anos 1950. Na época, a distribuição dos relógios LeCoultre na América do Norte era realizada pelo grupo Longines-Wittnauer, encarregado também de distribuir os relógios da Vacheron Constantin. Os colecionadores confundiram o nome da distribuidora com o nome do fabricante. Segundo Zaf Basha, grande especialista na história da Jaeger-LeCoultre, o Galaxy, um misterioso relógio de luxo dotado de um mostrador cravejado de diamantes, foi fruto de uma colaboração entre a Vacheron Constantin e a LeCoultre para o mercado americano. Pode-se ler "LeCoultre" no mostrador e "Vacheron Constantin – LeCoultre" na caixa. O nome LeCoultre desapareceu definitivamente em 1985 para dar lugar ao nome Jaeger-LeCoultre.
INVENÇÕES
Desde a fundação da Jaeger-LeCoultre, a marca produziu mais de 1.242 calibres diferentes, registou cerca de 400 patentes e criou centenas de invenções."Millionomètre"
Inventado por Antoine LeCoultre em 1844, o "millionomètre" foi o primeiro instrumento da história capaz de medir micrómetros, permitindo, assim, o aperfeiçoamento do fabrico dos componentes dos relógios. Essa invenção nunca foi patenteada, pois, naquela época, a Suíça não possuía nenhum sistema de homologação oficial. Contudo, o seu procedimento único de fabrico foi zelosamente guardado e empregado pela marca durante mais de 50 anos. O "millionomètre" foi apresentado na Exposition Universelle de 1900 de Paris.Relógio sem chave
Em 1847 Antoine LeCoultre inventa o relógio sem chave, dotado do primeiro sistema de ajuste de horas e de corda ao mesmo tempo simples e confiável. No lugar do dispositivo clássico, encontra-se um pequeno botão que ativa uma alavanca que permite passar de uma função à outra. Mais uma vez, a invenção não é patenteada e outros relojoeiros não demoram a utilizar este sistema.Calibre 145 LeCoultre
Em 1907, o Calibre 145 LeCoultre estabelece o recorde do movimento mais fino do mundo, com apenas 1,38 mm de espessura. É integrado em relógios de bolso que permanecem, até hoje, como os mais finos de sua categoria. De 1907 até os anos 1960, foram produzidos 400 exemplares desse movimento.Grandes complicações
Em 1866, pela primeira vez na história da relojoaria, a LeCoultre & Cie. começa a produzir calibres com pequenas complicações em volumes reduzidos. Em 1891, a manufatura cria um calibre munido de uma dupla complicação: cronógrafo e repetição de minutos.Em meados dos anos de1890, a LeCoultre & Cie. desenvolve relógios com grandes complicações, que compreendem pelo menos três complicações clássicas, tais como o calendário perpétuo, o cronógrafo e a repetição de minutos.
Em 2004, a Manufatura cria o Gyrotourbillon I, o seu primeiro relógio de pulso com grande complicação, munido de um turbilhão que gravita em torno de dois eixos e de um calendário perpétuo com dupla exibição retrógrada e equação do tempo "marchante". Em 2006, a Jaeger-LeCoultre apresenta o Reverso grande complication à "triptíco", primeiro relógio na história no qual três mostradores são animados por um único movimento. Em 2009, a marca lança o relógio de pulso mais complicado do mundo, o Hybris Mechanica à Grande Sonnerie, munido de 26 complicações.
Modelos históricos
Reverso
O reverso, cujo nome significa "eu giro em torno de mim mesmo" em latim, foi concebido em 1931 para resistir aos choques inerentes a uma partida de polo: a caixa pode girar ao redor de si mesma de modo a manter o mostrador protegido. Considerado como um objeto emblemático da estética Art Déco, o Reverso ainda é fabricado atualmente.Duoplan
Em 1925, a LeCoultre & Cie. desenvolve o Calibre 7BF Duoplan LeCoultre a fim de conciliar miniaturização e precisão. Na época estavam em moda os relógios de pulso de pequenas dimensões. Muitas vezes, no entanto, faltava confiabilidade aos pequenos calibres. Criado por Henri Rodanet, diretor técnico dos Établissements Ed. Jaeger, o Duoplan foi disposto em dois níveis a fim de manter um equilíbrio comparável ao dos calibres de dimensões normais.O Duoplan foi também um dos primeiros relógios de aço cravejados de pedras preciosas. Em 1929, o seu vidro foi substituído por um vidro de safira, uma grande inovação na relojoaria. O Duoplan era segurado pela Lloyds of London e contava com um serviço especial de pós-venda. Era possível substituir um movimento avariado em poucos minutos. Podia-se até mesmo ler a seguinte frase na vitrine da loja Tyme, em Londres: "O seu relógio será reparado antes que você termine de fumar um cigarro".
Joaillerie 101
Após o Duoplan, a LeCoultre & Cie. apresenta, em 1929, o Calibre 101, cujos 74 componentes (atualmente, são 98) pesam somente cerca de 1 grama. Trata-se, ainda hoje, do menor movimento mecânico do mundo. Em 1930, aparece a segunda coleção de relógios equipados com o Calibre 101: a série Joaillerie 101 Étrier. Em 1953, a rainha Elizabeth II da Inglaterra usou o relógio de pulso Jaeger-LeCoultre Calibre 101 no dia de sua coroação.Atmos
O relógio de pêndulo Atmos possui um movimento quase perpétuo que não requer nenhuma intervenção humana e praticamente nenhuma energia. Inventado pelo engenheiro suíço Jean-Léon Reutter em 1928 em Neuchâtel, o Atmos foi adoptado em 1950 pelo governo suíço como presente oficial a visitantes ilustres. A versão original, patenteada em 1928 e conhecida atualmente pelo nome de Atmos 1, foi comercializada pela Compagnie Générale de Radiologie (CGR) em 1930.
As suas patentes foram compradas pela Jaeger-LeCoultre em França em 1936 e na Suíça em 1937. Em seguida, a Jaeger-LeCoultre passará dez anos a aperfeiçoar o relógio de pêndulo antes de produzi-lo, a partir de 1946, na sua forma atual.
Em 1988, a agência de design Kohler & Rekow cria um gabinete em edição limitada a dois exemplares para o relógio de pêndulo. Em 2003, a Manufatura desenvolve o Atmos Mystérieuse, animado pelo Calibre 583 Jaeger-LeCoultre, que é composto por 1460 componentes.
(escrevemos um artigo sobre este relógio noutro tópico do fórum)
Memovox
Em 1950, a Manufatura apresenta o Memovox, ou "voz da memória" em latim. O seu surpreendente mecanismo pode ser utilizado como alarme durante a manhã ou como alerta para compromissos. Os primeiros modelos com corda manual eram dotados de um Calibre 489 Jaeger-LeCoultre.Em 1956, um Memovox equipado com um Calibre 815 Jaeger-LeCoultre torna-se o primeiro relógio de corda automática com alarme na história da relojoaria. Pouco tempo mais tarde, a marca celebra seu 125º aniversário com a apresentação do Memovox Worldtime. Em 1959, a Jaeger-LeCoultre lança o Memovox Deep Sea, que possui um alarme especial para indicar aos mergulhadores o momento de retornar à superfície. Em 1965, a Manufatura patenteia uma versão do Memovox Polaris com fundo triplo, que amplifica o sinal sonoro debaixo da água.
Esse modelo inspirará, em seguida, as coleções Master Compressor e AMVOX. Será reeditado em 2008 com o nome de Memovox Tribute to Polaris.
Geophysic
Em homenagem ao Ano Internacional da Geofísica de 1958, a Jaeger-LeCoultre cria um relógio resistente à água, aos choques e aos campos magnéticos. O cronômetro Geophysic foi proposto por Jules-César Savary, relojoeiro de longa data da Jaeger-LeCoultre, com o objetivo de contribuir para as pesquisas científicas na Antártica. Animado por um Calibre 478BWS Jaeger-LeCoultre, o relógio era equipado com 17 rubis, uma espiral Breguet, uma mola reguladora sobre a ponte do balanço, um amortecedor e um balanço de Glucydur :registered:. No ano do seu lançamento, o cronómetro Geophysic foi oferecido a William R. Anderson, capitão do USS Nautilus (SSN-571), o primeiro submarino nuclear americano a ligar os oceanos Pacífico e Atlântico através do Polo Norte.Girão, Sansoni7 e Duca749 gostam desta mensagem
- Duca749
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Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Sex 12 Mar 2021, 17:13
Mais uma bela peça e história para ler com mais atenção mais tarde, uma questão, para que serviriam as marcações até 12, sendo um relógio de 24h?
floijdt gosta desta mensagem
- floijdt
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Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Sex 12 Mar 2021, 17:21
Há alguns relógios daquela época que têm as duas marcações. Não tenho uma resposta científica mas deduzo que sejam para as pessoas se começarem a habituar a este tipo de indicação horária. Mais tarde deixaram de se fabricar com esta característica e os actuais relógios de pulso, e são muito poucos, já não usam esta dupla marcação.Duca749 escreveu:Mais uma bela peça e história para ler com mais atenção mais tarde, uma questão, para que serviriam as marcações até 12, sendo um relógio de 24h?
Penso, não tenho a certeza, que o Museu do Relógio lançou há alguns anos um 24 horas de pulso.
- JPP
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Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Sex 12 Mar 2021, 22:07
Muito interessante @floijdt, obrigado pela partilha e pelo bocado de história que aqui fica! E parabéns por mais uma belíssima peça!
Já agora, sem querer desvirtuar o teu tópico, mas porque aqui está a história da Le Coultre, da Jaeger e da JLC, deixo aqui três fotos de peças que, apesar de não serem valiosas e de serem comuns, são também de certa forma icónicas e obrigatórias para qualquer colecionista da marca:
Já agora, sem querer desvirtuar o teu tópico, mas porque aqui está a história da Le Coultre, da Jaeger e da JLC, deixo aqui três fotos de peças que, apesar de não serem valiosas e de serem comuns, são também de certa forma icónicas e obrigatórias para qualquer colecionista da marca:
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- floijdt
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Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Sex 12 Mar 2021, 22:35
Sim. A JL fabricou, e ainda fabrica, bastantes relógios de mesa, muito interessantes e diferentes do habitual.
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- SquareWatch
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Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Sáb 13 Mar 2021, 21:58
Mais um excelente relógio e um tópico bastante interessante
Só de pensar que no ano passado, antes do primeiro confinamento, tive quase para comprar um com um mostrador igual numa feira de velharia. Na altura já tinha gasto bastante guito e pensei "fica para a próxima feira".... há mais de um ano que a "próxima feira" está por acontecer .
Tem toda a razão, era uma maneira de ajudar as pessoas a converter um sistema de 12h num de 24h e vice-versa.
Para nós agora é bastante intuitivo, mas na altura fazia muita confusão à maioria das pessoas raciocinar num sistema de 24h... "Sarau em minha casa depois da ceia, lá prás 21" e as pessoas ficavam .
Só de pensar que no ano passado, antes do primeiro confinamento, tive quase para comprar um com um mostrador igual numa feira de velharia. Na altura já tinha gasto bastante guito e pensei "fica para a próxima feira".... há mais de um ano que a "próxima feira" está por acontecer .
Há alguns relógios daquela época que têm as duas marcações. Não tenho uma resposta científica mas deduzo que sejam para as pessoas se começarem a habituar a este tipo de indicação horária.Mais uma bela peça e história para ler com mais atenção mais tarde, uma questão, para que serviriam as marcações até 12, sendo um relógio de 24h?
Tem toda a razão, era uma maneira de ajudar as pessoas a converter um sistema de 12h num de 24h e vice-versa.
Para nós agora é bastante intuitivo, mas na altura fazia muita confusão à maioria das pessoas raciocinar num sistema de 24h... "Sarau em minha casa depois da ceia, lá prás 21" e as pessoas ficavam .
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- Sansoni7
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Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Seg 15 Mar 2021, 08:01
Mais um tópico...top!
Obrigado pela partilha.
Obrigado pela partilha.
floijdt gosta desta mensagem
Re: LeCoultre | 24 horas | 1890 | Prata
Qua 24 Mar 2021, 09:37
Belofloijdt escreveu:A proposta de hoje é um 24 horas da manufatura LeCoultre, em prata, fabricado no ano de 1890.
Relógio em excelente estado de conservação, quer a caixa, quer o mostrador, quer o mecanismo.
Escape de âncora e espiral tipo Breguet.
Caixa facetada em 16 lados.
Diâmetro (sem coroa nem argola) - 49mm
DIâmetro (incluido a corroa e argola) - 70mm
Espessura - 12mm
É preciso alguma habituação para ler as horas nestes relógios de 24 horas uma vez que o ponteiro das horas só dá uma volta ao relógio por dia, em vez dos relógios normais que dá duas.
Aqui ficam algumas imagens desta interessante peça de relojoaria.
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HISTÓRIA DA LECOULTRE
A FAMÍLIA LECOULTRE
Os mais antigos registos que atestam a presença da família LeCoultre na Suíça datam do século XVI. Abalado pelas perseguições religiosas que atingem os huguenotes, Pierre LeCoultre (cerca de 1530 – cerca de 1600) deixa Lizy-sur-Ourcq rumo a Genebra. Em 1558, obtém o título da "burguesia" de Genebra, mas, após um ano, deixa a cidade para adquirir um terreno no Vallée de Joux. Pouco a pouco, uma pequena comunidade forma-se e o filho de Pierre LeCoultre constrói uma igreja na região em 1612. Esse evento marca a fundação da localidade batizada de Le Sentier, onde hoje se encontra a Manufatura da empresa.
A Manufatura
Em 1833, pouco tempo após ter inventado uma máquina para cortar pinhões de aço, Antoine LeCoultre (1803-1881) funda um pequeno ateliê de relojoaria em Le Sentier, no qual aprimora as suas habilidades ao criar relógios de qualidade superior. Em 1844, inventa o instrumento de medição mais preciso do mundo, chamado "millionomètre", inventa um sistema que dispensa o uso de chaves para dar corda e ajustar um relógio. Quatro anos mais tarde, durante a primeira exposição universal em Londres, recebe uma medalha de ouro pelo seu trabalho sobre a precisão e a mecanização na relojoaria.
Em 1866, numa época em que os diversos ofícios se encontravam dispersos em centenas de pequenos ateliês, Antoine e o seu filho Elie LeCoultre (1842-1917) fundam a primeira manufatura do Vallée de Joux, a LeCoultre & Cie., que reúne todos os artesãos sob um único e mesmo teto. Assim, em 1870, a Manufatura desenvolve os primeiros procedimentos de fabrico parcialmente mecanizados para movimentos com complicações
No mesmo ano, a Manufatura já empregava 500 pessoas. Em 1900, a Grande Maison do Vallée de Joux, como era conhecida na época, já havia criado mais de 350 calibres diferentes, dos quais 128 eram equipados com a função de cronógrafo e 99 com um mecanismo de repetição. De 1902 até os anos 1930, a LeCoultre & Cie. produziu a maioria dos esboços de relógios para da marca genebrina Patek Philippe.
Jaeger-LeCoultre
Em 1903, Edmond Jaeger, relojoeiro parisiense e fornecedor oficial da marinha francesa, desafiou as relojoarias suíças a desenvolver e produzir os movimentos ultrafinos que ele havia inventado.
Jacques-David LeCoultre, neto de Antoine e responsável pela produção da LeCoultre & Cie., aceita o desafio e cria uma série de relógios de bolso ultrafinos. Em 1907, a LeCoultre & Cie. apresenta o relógio mais fino do mundo, equipado com um calibre LeCoultre Calibre 145. No mesmo ano, o joalheiro Cartier, que figura entre os clientes de Jaeger, assina com este um contrato que estipula que todos os movimentos criados por Jaeger durante um período de 15 anos serão reservados com exclusividade para Cartier. Jaeger confia o fabrico desses movimentos a LeCoultre.
Como consequência dessa colaboração, a marca é oficialmente rebatizada como Jaeger-LeCoultre em 1937. Contudo, na América do Norte, os modelos da marca continuarão a ser vendidos com nome LeCoultre até 1985. Segundo os arquivos, o último movimento utilizado por um relógio LeCoultre americano foi enviado pela Manufatura de Le Sentier em 1976.
Certos colecionadores e revendedores mal informados divulgaram que a marca americana LeCoultre não tinha nenhuma ligação com a marca suíça Jaeger-LeCoultre. Essa confusão nasceu nos anos 1950. Na época, a distribuição dos relógios LeCoultre na América do Norte era realizada pelo grupo Longines-Wittnauer, encarregado também de distribuir os relógios da Vacheron Constantin. Os colecionadores confundiram o nome da distribuidora com o nome do fabricante. Segundo Zaf Basha, grande especialista na história da Jaeger-LeCoultre, o Galaxy, um misterioso relógio de luxo dotado de um mostrador cravejado de diamantes, foi fruto de uma colaboração entre a Vacheron Constantin e a LeCoultre para o mercado americano. Pode-se ler "LeCoultre" no mostrador e "Vacheron Constantin – LeCoultre" na caixa. O nome LeCoultre desapareceu definitivamente em 1985 para dar lugar ao nome Jaeger-LeCoultre.
INVENÇÕES
Desde a fundação da Jaeger-LeCoultre, a marca produziu mais de 1.242 calibres diferentes, registou cerca de 400 patentes e criou centenas de invenções."Millionomètre"
Inventado por Antoine LeCoultre em 1844, o "millionomètre" foi o primeiro instrumento da história capaz de medir micrómetros, permitindo, assim, o aperfeiçoamento do fabrico dos componentes dos relógios. Essa invenção nunca foi patenteada, pois, naquela época, a Suíça não possuía nenhum sistema de homologação oficial. Contudo, o seu procedimento único de fabrico foi zelosamente guardado e empregado pela marca durante mais de 50 anos. O "millionomètre" foi apresentado na Exposition Universelle de 1900 de Paris.Relógio sem chave
Em 1847 Antoine LeCoultre inventa o relógio sem chave, dotado do primeiro sistema de ajuste de horas e de corda ao mesmo tempo simples e confiável. No lugar do dispositivo clássico, encontra-se um pequeno botão que ativa uma alavanca que permite passar de uma função à outra. Mais uma vez, a invenção não é patenteada e outros relojoeiros não demoram a utilizar este sistema.Calibre 145 LeCoultre
Em 1907, o Calibre 145 LeCoultre estabelece o recorde do movimento mais fino do mundo, com apenas 1,38 mm de espessura. É integrado em relógios de bolso que permanecem, até hoje, como os mais finos de sua categoria. De 1907 até os anos 1960, foram produzidos 400 exemplares desse movimento.
Grandes complicações
Em 1866, pela primeira vez na história da relojoaria, a LeCoultre & Cie. começa a produzir calibres com pequenas complicações em volumes reduzidos. Em 1891, a manufatura cria um calibre munido de uma dupla complicação: cronógrafo e repetição de minutos.
Em meados dos anos de1890, a LeCoultre & Cie. desenvolve relógios com grandes complicações, que compreendem pelo menos três complicações clássicas, tais como o calendário perpétuo, o cronógrafo e a repetição de minutos.
Em 2004, a Manufatura cria o Gyrotourbillon I, o seu primeiro relógio de pulso com grande complicação, munido de um turbilhão que gravita em torno de dois eixos e de um calendário perpétuo com dupla exibição retrógrada e equação do tempo "marchante". Em 2006, a Jaeger-LeCoultre apresenta o Reverso grande complication à "triptíco", primeiro relógio na história no qual três mostradores são animados por um único movimento. Em 2009, a marca lança o relógio de pulso mais complicado do mundo, o Hybris Mechanica à Grande Sonnerie, munido de 26 complicações.
Modelos históricos
Reverso
O reverso, cujo nome significa "eu giro em torno de mim mesmo" em latim, foi concebido em 1931 para resistir aos choques inerentes a uma partida de polo: a caixa pode girar ao redor de si mesma de modo a manter o mostrador protegido. Considerado como um objeto emblemático da estética Art Déco, o Reverso ainda é fabricado atualmente.Duoplan
Em 1925, a LeCoultre & Cie. desenvolve o Calibre 7BF Duoplan LeCoultre a fim de conciliar miniaturização e precisão. Na época estavam em moda os relógios de pulso de pequenas dimensões. Muitas vezes, no entanto, faltava confiabilidade aos pequenos calibres. Criado por Henri Rodanet, diretor técnico dos Établissements Ed. Jaeger, o Duoplan foi disposto em dois níveis a fim de manter um equilíbrio comparável ao dos calibres de dimensões normais.
O Duoplan foi também um dos primeiros relógios de aço cravejados de pedras preciosas. Em 1929, o seu vidro foi substituído por um vidro de safira, uma grande inovação na relojoaria. O Duoplan era segurado pela Lloyds of London e contava com um serviço especial de pós-venda. Era possível substituir um movimento avariado em poucos minutos. Podia-se até mesmo ler a seguinte frase na vitrine da loja Tyme, em Londres: "O seu relógio será reparado antes que você termine de fumar um cigarro".Joaillerie 101
Após o Duoplan, a LeCoultre & Cie. apresenta, em 1929, o Calibre 101, cujos 74 componentes (atualmente, são 98) pesam somente cerca de 1 grama. Trata-se, ainda hoje, do menor movimento mecânico do mundo. Em 1930, aparece a segunda coleção de relógios equipados com o Calibre 101: a série Joaillerie 101 Étrier. Em 1953, a rainha Elizabeth II da Inglaterra usou o relógio de pulso Jaeger-LeCoultre Calibre 101 no dia de sua coroação.
Atmos
O relógio de pêndulo Atmos possui um movimento quase perpétuo que não requer nenhuma intervenção humana e praticamente nenhuma energia. Inventado pelo engenheiro suíço Jean-Léon Reutter em 1928 em Neuchâtel, o Atmos foi adoptado em 1950 pelo governo suíço como presente oficial a visitantes ilustres. A versão original, patenteada em 1928 e conhecida atualmente pelo nome de Atmos 1, foi comercializada pela Compagnie Générale de Radiologie (CGR) em 1930.
As suas patentes foram compradas pela Jaeger-LeCoultre em França em 1936 e na Suíça em 1937. Em seguida, a Jaeger-LeCoultre passará dez anos a aperfeiçoar o relógio de pêndulo antes de produzi-lo, a partir de 1946, na sua forma atual.
Em 1988, a agência de design Kohler & Rekow cria um gabinete em edição limitada a dois exemplares para o relógio de pêndulo. Em 2003, a Manufatura desenvolve o Atmos Mystérieuse, animado pelo Calibre 583 Jaeger-LeCoultre, que é composto por 1460 componentes.
(escrevemos um artigo sobre este relógio noutro tópico do fórum)Memovox
Em 1950, a Manufatura apresenta o Memovox, ou "voz da memória" em latim. O seu surpreendente mecanismo pode ser utilizado como alarme durante a manhã ou como alerta para compromissos. Os primeiros modelos com corda manual eram dotados de um Calibre 489 Jaeger-LeCoultre.
Em 1956, um Memovox equipado com um Calibre 815 Jaeger-LeCoultre torna-se o primeiro relógio de corda automática com alarme na história da relojoaria. Pouco tempo mais tarde, a marca celebra seu 125º aniversário com a apresentação do Memovox Worldtime. Em 1959, a Jaeger-LeCoultre lança o Memovox Deep Sea, que possui um alarme especial para indicar aos mergulhadores o momento de retornar à superfície. Em 1965, a Manufatura patenteia uma versão do Memovox Polaris com fundo triplo, que amplifica o sinal sonoro debaixo da água.
Esse modelo inspirará, em seguida, as coleções Master Compressor e AMVOX. Será reeditado em 2008 com o nome de Memovox Tribute to Polaris.Geophysic
Em homenagem ao Ano Internacional da Geofísica de 1958, a Jaeger-LeCoultre cria um relógio resistente à água, aos choques e aos campos magnéticos. O cronômetro Geophysic foi proposto por Jules-César Savary, relojoeiro de longa data da Jaeger-LeCoultre, com o objetivo de contribuir para as pesquisas científicas na Antártica. Animado por um Calibre 478BWS Jaeger-LeCoultre, o relógio era equipado com 17 rubis, uma espiral Breguet, uma mola reguladora sobre a ponte do balanço, um amortecedor e um balanço de Glucydur :registered:. No ano do seu lançamento, o cronómetro Geophysic foi oferecido a William R. Anderson, capitão do USS Nautilus (SSN-571), o primeiro submarino nuclear americano a ligar os oceanos Pacífico e Atlântico através do Polo Norte.
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