Na volta do correio...

Chegou a bracelete da Nomos.
Desta vez a encomenda não trazia nada escrito à mão - com uma caligrafia espetacular - como algumas das anteriores, mas, ainda assim, denotava cuidado na preparação.

UHHHHHHHH!!!!!!!

Adorei o pormenor do selo .

E quanto à correia vale o dinheiro ou está inflacionada por ser da marca?

Pelo menos a aparência é claramente premium... muito bonita.

A bracelete tem ar de  ser de muito boa qualidade.
É bastante flexível, a dar para o espesso (a olho, parece-me ter entre 2-3mm) e a parte de baixo é extraordinariamente suave.
Nas pesquisas que fiz, vi braceletes em camurça a rondar os 20/30 euros ou mais, de modo que achei que os 50 desta, não sendo propriamente uma pechincha, mereciam o investimento.
Para além disso, como já referi antes, gosto imenso daquela rapaziada da Nomos, pois acho que têm uma oferta muito honesta, e achei que mereciam que eu os “ajudasse”.
Onde eu acho que se nota bem a diferença é na fivela, que é bastante robusta e bonita, ao contrário das fivelas genéricas que geralmente acompanham as braceletes manhosas. Em qualquer caso, para mim é um desperdício pois, cumprindo com aquilo que é hábito, já mandei vir uma báscula Junghans.
Deixo aqui umas fotos da bracelete, o resultado final do relógio porei no tópico do relógio do dia.
Duas curiosidades:
- a caixa do relógio tem um recesso para acomodar a barra de mola (não sei se é assim que se chama em português).
É uma solução simples e engenhosa, que resulta bem e acaba por ser mais flexível do que instalar barras de mola curvas, que penso que serão mais difíceis de encontrar.
- fiz uma bricolagem e abri uns furos para instalar umas barras de mola de libertação rápida, à semelhança do que já tinha feito quando comprei a bracelete castanha para o meu Nomos Metro.

Parece muito boa e fica muito bem no relógio!

Obrigado.
Já tinha decidido enveredar por um tom de cinzento, para fugir um bocado aos pretos, azuis e castanhos e apenas vacilei se haveria de mandar vir este cinzento claro ou um antracite que também lá havia.
A escolha está à vista.
Acho que, com o uso, o cinzento vai escurecer um pouco, o que me agrada, e penso que esta opção foi boa pois parece que é a versão de pele da bracelete milanesa de origem.

Ficou muito catita.

E a bricolage foi uma boa ideia.
Deu trabalho ou foi num piscar de olhos? Tem alguma recomendação ou é só usar um x-ato?

Sim, usei um x-ato e, apesar de não ter dado muito trabalho, não foi tão simples quanto fazê-lo na Shell Cordovan do Nomos.
Ao contrário da pele lisa, a camurça, com aqueles pelos, é chata de cortar e não permite um corte “limpo”, como se vê.
Ainda assim, gostava de ter aprimorado melhor a abertura, mas não tive paciência para tanto.
Ao cortar, a camurça “esfarela” um pouco e para “limpar” o corte há que raspar o excesso como quem faz a barba (foi nesta parte que não tive a paciência necessária).
Os cuidados a ter são, a meu ver, os seguintes:
- convém fazer as incisões com algo por baixo, para não corremos o risco de cortar a dobra de pele do lado oposto ao da do corte. Como o buraco é estreito e a bracelete é nova, logo, mais rígida, costumo inserir a própria barra de mola no seu sítio e depois corto até sentir o metal.
- há que ter particular cuidado para não cortarmos até ao extremo exterior da bracelete, de modo que costumo iniciar a incisão para o lado interno e depois vou “alargando” aos poucos para o lado oposto.
Aqui devemos ter o cuidado de achar o equilíbrio entre deixar o máximo de material até ao rebordo exterior da bracelete, para não a enfraquecer, mas, ao mesmo tempo, ter sempre presente que a incisão deve também chegar o mais perto do lado exterior possível.
A razão é simples: se deixarmos demasiado material entre o rebordo da bracelete e o início do buraco, o pino da mola do mecanismo de libertação vai empeçar na pele e a mola vai ficar retraída, ou seja, o pivot que encaixa no buraco da asa do relógio vai ficar mais curto, arriscando-nos a que a bracelete se solte por ali.
Assim, o meu conselho é cortar o mais possível sem abrir uma fenda até ao rebordo.
Mais vale arriscar dar cabo de uma bracelete do que o relógio soltar-se devido a um pivot pouco penetrante.

Excelentes dicas, obrigado. 

Trabalho e aspecto final impec...parabéns.
__________
Por aqui chegou o dia de ir buscar a pulseira que idealizei e mandei fazer para o Arios.
Não encontrei nada no Mercado nestas medidas, suficientemente flexível pois uma parte da pulseira fica sobre o relógio e, não menos importante, a preços «justos».
Eis o resultado final....

Sansoni7 escreveu:Trabalho e aspecto final impec...parabéns.
__________
Por aqui chegou o dia de ir buscar a pulseira que idealizei e mandei fazer para o Arios.
Não encontrei nada no Mercado nestas medidas, suficientemente flexível pois uma parte da pulseira fica sobre o relógio e, não menos importante, a preços «justos».
Eis o resultado final....

Ficou muito bem...

Obrigado @filipe cunha

Demorou mas valeu a espera.
O difícil é conseguir fazer perceber o que pretendemos.
Quando precisares....

Sansoni7 escreveu:Obrigado @filipe cunha

Demorou mas valeu a espera.
O difícil é conseguir fazer perceber o que pretendemos.
Quando precisares....

Obrigado, é sempre bom saber para o futuro....
Mas por cá é simples, os russos regra geral vendem sem braceletes , mas tambem é tudo 18mm....

E hoje chegou a báscula Junghans.
A construção não é muito diferente das básculas genéricas que por aí se vendem, mas surpreendeu-me a fixação ser por mola dupla (há um par de garras para cada extremidade do fecho da báscula e dois botões de pressão para as libertar) e não por tração.
A olho, parece-me que a altura do passador onde se fixa a parte da bracelete que tem os furos é suficiente para comportar a espessura da mesma (2/3mm, também a olho).
No sábado já devo conseguir mostrar o resultado final.

Essa báscula é para a nova correia do "nosso" Chronoscope, certo? Vai ficar catita

Onde a comprou? Não consegui encontrar nada no site da Junghans.

Hibeater escreveu:A construção não é muito diferente das básculas genéricas que por aí se vendem, mas surpreendeu-me a fixação ser por mola dupla (há um par de garras para cada extremidade do fecho da báscula e dois botões de pressão para as libertar) e não por tração.

Na watch-band-center também têm básculas com essa característica.
https://www.watch-band-center.com/watchstrap-p15996h4s1565-Butterfly-clasp-EmBF.html

Pessoalmente prefiro estas com um par de garras, pode ser psicológico mas transmitem-me mais confiança.

Sim, é para o Chronoscope, e foi comprada precisamente na watchbandcenter.com

Comprados...aguardo a chegada
Paketa e Pobeda

Têm piada, as “asas” deste último
Acabo de instalar a báscula no max bill.

Não gosto particularmente destas básculas de borboleta (acho-as mais difíceis de fechar) mas é o que temos.
O passador da bracelete é mesmo à continha para a espessura da dita, que oferece bastante resistência a correr pelo passador.

Por aqui também se percebe que o resultado final talvez saísse beneficiado com uma bracelete mais fina.

Mas o saldo global é positivo.

Boa, fica muito bem, obrigado pela partilha!

De nada.
A propósito dos conselhos que dei no outro dia acerca da "técnica" para fazer as incisões nas braceletes de modo a instalar molas de libertação fácil, saibam que ontem dei cabo de uma bracelete Mondaine novinha em folha que tinha comprado para o meu Evo.
Não me apercebi de que a malvada tinha uma manga de plástico a toda a largura do buraco onde passa a mola, para servir de guia e reforçar aquela zona, de modo que, ao tentar introduzir a mola pela incisão que fiz, forcei um bocado pensando que era a pele rija que estava a oferecer resistência quando, na verdade, era a tal manga de plástico, que saiu pela outra extremidade da correia.
Lá terei de comprar outra bracelete...

E não consegues voltar a empurrar essa manga?

E hoje, não um, mas dois nacionais em estado NOS. Dois Mirasol, marca do sr. Leonel Jesus Pereira, de Cantanhede. É provável que fique apenas com um. Se alguém estiver interessado numa troca mande-me MP. Estou interessado sobretudo em marcas portuguesas como não poderia deixar de ser

Tempus fugit escreveu:E hoje, não um, mas dois nacionais em estado NOS. Dois Mirasol, marca do sr. Leonel Jesus Pereira, de Cantanhede. É provável que fique apenas com um. Se alguém estiver interessado numa troca mande-me MP. Estou interessado sobretudo em marcas portuguesas como não poderia deixar de ser

Muito boa compra @Tempus fugit.
Tambem vi esse anuncio à dias e o preço por modelo até estava tentador.

O relógio da esquerda é igual a um Belex que já por mim passou.
https://mikedm16.github.io/MWatchCollection/Pages/Belex_Precision.html

E, curiosamente, na mesma loja onde comprei o Belex tem agora outro Belex exatamente igual ao Mirasol da direita.
Modelos iguais mas com branding diferente.
Talvez fossem vendidos em diferentes regiões do pais e então nunca haveria confusão ou probabilidade de ambas as marcas se cruzarem numa mesma loja.

Obrigado @Miguel

O Belex é igualzinho . Embora fosse uma marca do Porto, desconfio que também fossem montados em Cantanhede, muito provavelmente na mesma fábrica/oficina dos Marisol. Era só uma questão de mudança do logótipo e já está.

Miguel escreveu:Muito boa compra @Tempus fugit.
Tambem vi esse anuncio à dias e o preço por modelo até estava tentador.

Não é que eu queira roubar-vos a "caça", mas onde encontram esses anúncios, no OLX?

Quando lá vou 99% das vezes só encontro a preços patéticos. Está-me a falhar algo?