Seguros Para Relógios?

Olá,

isto é um tema que já vou pensando há algum tempo mas que verdadeiramente nunca perdi muito tempo com isso. No entanto gostaria de saber a vossa opinião em relação aos vosso relógios estarem segurados ou não. Se têm seguro, seja seguro especifico, recheio de casa ou outra coisa do género, que tipo de seguro, se vale a pena etc etc... O mais habitual é uma pessoa pensar que estas coisas valem a pena etc, mas isso é sempre 'até ao dia'...! A minha 'coleção' resume-se a coisas com mais valor sentimental que monetário, mas sabendo de alguns membros que já sofreram de assaltos a casa ou outro infelizes acontecimentos, qual a vossa opinião?

Cumprimentos,

m84 escreveu:Olá,

isto é um tema que já vou pensando há algum tempo mas que verdadeiramente nunca perdi muito tempo com isso. No entanto gostaria de saber a vossa opinião em relação aos vosso relógios estarem segurados ou não. Se têm seguro, seja seguro especifico, recheio de casa ou outra coisa do género, que tipo de seguro, se vale a pena etc etc... O mais habitual é uma pessoa pensar que estas coisas valem a pena etc, mas isso é sempre 'até ao dia'...! A minha 'coleção' resume-se a coisas com mais valor sentimental que monetário, mas sabendo de alguns membros que já sofreram de assaltos a casa ou outro infelizes acontecimentos, qual a vossa opinião?

Cumprimentos,

Boa tarde,

sobre esse assunto até me espanta ainda não existir algumas dicas ou conselhos.

Sendo assim aqui vai.

Ponto de vista técnico - Os relógios só vão ter seguro dentro de casa. Pois devem de estar incluídos no capital de recheio e na rubrica de objectos especiais. Devem também estar descritos, identificados ao máximo e avaliados individualmente. Por norma (antigamente) esses "objectos especiais" vinham descritos em envelope fechado e lacrado e guardado dentro da apólice ou cofre da companhia de seguros. Hoje é um mail, convertido em pdf e indexado a um numero de apólice.....romântico não é.......
Ou seja o melhor seria avaliar as peças e comunicar á companhia. De vez em quando voltar a avaliar e actualizar junto da companhia, pois não vale a pena estar a pagar prémio sobre um relógio de 5.000€, quando o valor de mercado é 3.000€ e em caso de sinistro é esse o valor que será indemnizado.
Fora de casa em Portugal muito poucas ou nenhuma fazem este tipo de seguro "Seguro de Objecto Pessoal", sei que a Generali tinha, mas talvez alguma Companhia internacional ainda o faça, mas nunca é a cliente isolado e nem é a todos os objectos. E o prémio deve de ser brutal.

espero ter ajudado.

Cumprimentos

Bom ver este tópico com vida...

Creio que se houve valor monetário, tudo pode ser segurado. Vejam-se os pés do Cristiano Ronaldo ou as cordas vocais de cantores famosos...

Acho que o problema se prenderá sempre com a quantidade de dinheiro que vale o relógio e quando será o prémio do seguro e a sua mensalidade/anuidade.

Efectivamente existindo valor, existe risco, logo como nao queremos pagar novamente por um objecto, tentamos transmitir essa responsabilidade para outros. Nasce a apolice de seguro. Essas apolices que cobrem partes do corpo humano sao muito estranhas. Se para um simples carro a lista de exclusoes é enorme, para partes do corpo nem quero ver a quantidade depaginas

Entretanto descobri no brasil uma consultora de seguros que arranja condicoes para objectos especiais. E com a palavra magica "all risks". E o ambito territorial tanto no país como no estrangeiro, ou seja o terror das seguradoras. O premio deve de ser igual ao capital ..... Tirando isso só nos podemos proteger com a opção do seguro da habitação, a taxa é bem mais baixa e o prémio mais simpatico.

Obrigado Goodstuff!
Foi bastante elucidativo. Já tinha visto noutros fóruns discussões semelhantes sobre seguros etc mas como cada país é diferente, decidi perguntar aqui, claro. A minha questão era de facto mais direcionada ao objecto em casa, em caso de assalto, por exemplo. Confesso que não me lembrei dum cenário 'fora de casa', mas bem pensado!
Já agora, onde e quem efectua essas avaliações? Será as seguradoras, ou outro agente devidamente credenciado para o efeito? O que acontece se não estivermos satisfeitos com a avaliação?

Obrigado,

m84 escreveu:Obrigado Goodstuff!
Foi bastante elucidativo. Já tinha visto noutros fóruns discussões semelhantes sobre seguros etc mas como cada país é diferente, decidi perguntar aqui, claro. A minha questão era de facto mais direcionada ao objecto em casa, em caso de assalto, por exemplo. Confesso que não me lembrei dum cenário 'fora de casa', mas bem pensado!
Já agora, onde e quem efectua essas avaliações? Será as seguradoras, ou outro agente devidamente credenciado para o efeito? O que acontece se não estivermos satisfeitos com a avaliação?

Obrigado,

Boa noite M84,
As seguradoras passam sempre essa responsabilidade para o tomador. Deverá ser o cliente a procurar alguem devidamente credenciado que preste esse serviço de avaliação. Tal como nas viaturas usam sempre uma tabela (Eurotax). Nos outros objectos em caso de sinistro tambem procuram saber junto do "mercado" o valor de objectos similares, e em casos especificos solicitam avaliaçoes externas. Mas o mais habitual é tentar chegar a um acordo com o cliente. Quando diz não concordar com a avaliacao é em caso de sinistro? Ou é no inicio para contratar a apolice de seguro.  Porque se for no inicio é procurar outro avaliador. Se for apos sinistro é uma luta com a seguradora, onde cabe sempre ao cliente  constestar a decisão e apresentar alternativas. Mas o normal é chegarem a um acordo, onde o valor seja justo para ambas as partes. Outro alerta e exemplo é a questão do capital das casas.

Conheço uma pessoa que fez um seguro de recheio onde incluia relogios. No caso dele tinha que ter cofre, alarmes especificos e foi um avaliador a casa ver os relogios salvo erro...

Nesse caso o procedimento adoptado, esta relacionado com o capital em risco. O valor deve de ser tao elevado que 1 a seguradora queria ter a certeza que os relogios existiam (desviar hipotese de fraude) e 2 para baixar o preco do seguro "obrigou" o cliente a ter proteccao extra. Tudo isso acho correcto e ambos estao mais descansados.

Caro M84, entretanto descobri que em algumas apolices de habitacao, o furto de objectos pessoais na rua, desde que devidamente documentado, participado as autoridades, esta a coberto da apolice. Tipo telemovel, RELOGIOS, etc...
Mas agora vem a parte pior....... O sub-limite do capital disponivel. Ou seja capital maximo é de 250€. Isto meramente um exemplo de uma seguradora, pois podem existir outras que seja menos.... Pois nao acredito que seja mais.

Obrigado a todos pelas respostas muito informativas! Fico a saber mais um pouco!  
Espero por enquanto não precisar desse tipo de seguro, mas sempre tive curiosidade. Principalmente, em saber sobre o que pessoas com hábitos e coleções 'normais' (excluo por ex. coleções com vários relógios e tudo acima dos 5000eur), pois não é pouco comum ouvir-se de pessoas que tem os relógios guardados em bancos ou cofres por questões de segurança...

Abr,
Lourenço

Boa tarde a todos.

Ainda sobre o tema da segurança, e o seguro morreu de velho. Passei pela rua da BoaVista, 54 em Lisboa, e reparo num stock invulgar de objectos usados, alguns quase novos muito em conta. Calculo que devem de ter vindo de um hotel remodelado. Pois tinham muitos cofres habituais nos roupeiros dos hotéis e mini-bares.
e pelo valores praticados e estado do equipamento era um investimento a ter em conta (acho que os cofres eram a partir de 30/35 euros).
Fica aqui a dica para melhorar a nossa segurança e descanso.

Abraço a todos.
Hugo.

Obrigado pela dica, Hugo! 
Hei de ver se consigo dar lá um pulo só pra ver o que lá anda...

Aviso já que os mini bares embutidos em moveis, para as "man caves" eram bem comprados. Pois por dentro estavam novos, (pudera só dá para bebidas) e preço era cerca de 35 euros, não sei se com ou sem iva.

Em jeito de off-topic, só para dizer que passei por lá e confirma-se tudo o que o Goodstuff disse. Minibares em bom estado e cofres também.
Maior parte dos cofres de tamanho medio são, de acordo com a lojista, á prova de fogo e pesam cerca de 45kg! Mas não tem furos para fixar em paredes/chão. Depois há lá outros que são de embutir em parede, ou com furos de fixação.
Os preços começam dos 35 e não sobem muito até os cofres maiores tipo escritório.
Maior parte do material veio de hoteis, como já foi dito.

Abr,

bem me pareceu que seria material em conta. Pois vi no fim de semana, loja fechada e grades em baixo. Mas de cá de fora parecia porreiro. esses pormenores de fixação não reparei. também achei que fosse material com pouca saída, a não ser que estivéssemos como no Japão. a pagar para ter o dinheiro no banco. mas antes dessa loja (de quem vem da direcção do cais das colunas) existe um ourivesaria de bairro tradicional, que vende Orient. Tinha lá algumas peças. Sendo que 1 delas era um diver, mas ainda estou a aprender sobre a Orient e não sei se era efectivamente o famoso Mako.